En estos caminos electrónicos viaja la rebeldía
que sueña y sueña ...
Y cuando el sueño es de muchos y se sueña juntos... es REALIDAD.
fragmento: declaración de principios de ALIA*

sábado, septiembre 05, 2009

HO CHI MINH – O TIGRE E O POETA


¡Que equivocado estaban los estadounidenses!
español - português
El mismo día del 23º aniversario de la República Democrática de Vietnam, en la mañana del 2 de septiembre de 1969, el único ataque que derrotó al Tío Ho fue el del corazón.
Seis años mas tarde en Saigón, el 30 de abril de 1975, cuando los vietnamitas derrotaron a los invasores estadounidenses, un tanque con una estrella amarilla pintada a un costado desplegaba un cartel: “Tío Ho, usted ha estado siempre marchando con nosotros.”

Algunos poemas de El Diario de Prisión de Ho Chi Minh (Bantam Books. 1971) Escrito entre el 28 de agosto 1942, y el 16 de septiembre de 1943. Traducidos del inglés por Fernando A. Torres.

Primera página del diario
Recitar versos no ha sido uno de mis hábitos,
Pero ahora en prisión ¿Que mas puedo hacer?
Pasaré estos días escribiendo poemas, en cautiverio.
Cantándolos el día de la libertad se acerca.

I Difícil es el camino de la vida
Habiendo escalado los picachos mas altos y las mas escarpadas montañas
¿Como iba yo esperar que en las planicies me encontraría con el mayor peligro?

En las montañas me encontré con el tigre y salí indemne:
En las planicies me encontré con el hombre y me enviaron a la prisión.
II
Era un representante de Vietnam en ruta a China,
ha encontrarme con un importante personaje.

En el calmado camino una repentina tormenta se dejo caer,
y fui empujado a la cárcel como un honorado huésped.
III
Soy un hombre limpio sin ningún crimen en mi conciencia,
pero fui acusado de ser un espía de la China.
Como puede ver, la vida nunca es un asunto parejo,
y ahora, en el presente abundan las dificultades.

Mediodía

¡Es una delicia tomarse una siesta en la celda!
Un profundo sueño nos lleva lejos por horas.

Sueño montando un dragón hacia los cielos…
Despierto, regresando precipitadamente a la prisión.

Atardecer
Cuando la cena se acaba, el sol se hunde en el Oeste.
Repentinamente, desde todas las esquinas,

Comienza la música y las canciones folclóricas:
La melancólica prisión de Tsingsi es transformada en una academia de las artes.
Claro de luna
No hay alcohol ni flores para los prisioneros,
Pero la noche es tan encantadora, ¿como podemos celebrarla?
Voy al agujero de ventilación y contemplo la luna,
Y a través del agujero la luna le sonríe al poeta.

Transferido a Tiempo en el “doble décimo” día

Cada casa fue adornada con flores y luces.
En el día nacional, todo el país se transformó de alegría
Pero en ese mismo día, me encadenaron y trasladaron:
El viento continua soplando en dirección opuesta al vuelo del águila.

Juego de palabras
II
Aquellos que salen de la prisión pueden reconstruir el país.
La desgracia es la prueba a la fidelidad del pueblo.
Aquellos que protestan las injusticias son los de verdaderos méritos.
Cuando las puertas de la prisión se abran
El verdadero dragón volará libre.

En el Buró Político de la Cuarta Zona de Resistencia
He viajado los trece distritos de la Provincia de Kwangsi,
Y probado los placeres de dieciocho distintas prisiones.
¿Que crimen he cometido? me sigo preguntando.
El crimen de seguir devoto a mi pueblo.

Noche de Otoño
Frente al portón el guardia apostado con su rifle.
Arriba, las nubes desordenadas se llevan a la luna.
Los chinches pululan alrededor como tanques de guerra en maniobras,
Mientras que los mosquitos formas escuadrones,
Atacando como aviones de guerra.
Mi corazón viaja mil kilómetros hacia mi tierra natal.
Mí sueño se entrelaza con las penas como una madeja de miles de hilos.
Inocente, he aguantado un año completo en prisión.
Usando mis lágrimas como tinta, transformo mis pensamientos en versos.


Sobre la lectura de “Antología de Mil Poetas
A los antiguos les gustaba cantarle a la belleza natural:

Nieve y flores, luna y viento, niebla, montañas y ríos.
Hoy deberemos hacer poemas que incluyan hierro y acero,
Y el poeta también debería saber conducir un ataque.

Fernando A. Torres, desde EEUU (incluye selección de poemas)
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Augusto Buonicore:
115 anos do nascimento de Ho Chi Minh
“É preciso armar de aço os versos do nosso tempo”.
Ho Chi Minh
A Indochina tem sido há milênios palco de lutas encarniçadas entre colonizadores e colonizados. No século XVI a Europa descobriu suas potencialidades econômicas.
Primeiro vieram os portugueses e espanhóis, depois os franceses. Diante da resistência crescente dos povos da região, Napoleão III adotou uma política mais agressiva. Em 1897, a Indochina já estava “pacificada” se transformando num protetorado francês além-mar.

A opressão colonial, no entanto, aguçava o espírito nacionalista e revolucionário do povo vietnamita. Neste período o centro da resistência aos colonizadores estava localizado na província de Nghe Thim.
Seria ali que nasceria, no dia 19 de maio de 1890, Nguyen Sinh Cung, que mais tarde seria mundialmente conhecido como Ho Chi Minh.
A juventude de Nguyen foi marcada pela aventura. Aos vinte anos de idade matriculou-se numa escola de marinheiros e viajou pelo mundo afora.
Esteve, inclusive, no Brasil. No ano da Revolução Russa, 1917, instalou-se em Paris, alterou seu nome para Nguyen Ali Quoc (o patriota) e entrou em contato com o movimento socialista.
Após ler as teses de Lênin sobre a questão colonial e nacional passou a nutrir uma profunda admiração pelo líder revolucionário russo. “Queridos compatriotas, escreveu ele, era disso que necessitávamos, este é o caminho da nossa libertação”.

Três anos depois participou como delegado no Congresso do Partido Socialista em Tours, no qual defendeu intransigentemente posições internacionalistas e criticou as posições vacilantes dos socialistas diante da questão colonial, apontando para a necessidade de unificar a luta dos operários pelo socialismo e a luta dos povos colonizados pela sua libertação nacional.
Neste congresso nasceria o Partido Comunista da França e o jovem Nguyen se tornaria um dos primeiros comunistas da Indochina.
Em fins de 1923 dirigiu-se a URSS, chegando em Moscou poucos dias após a morte de Lênin, que aprendera a respeitar ainda que de tão longe.
Pelas páginas do Pravda demonstraria toda sua tristeza: “Lênin morreu! A notícia golpeou cada um de nós, como um raio ela se espalhou pelas ricas planícies da África e pelos verdes arrozais da Ásia. Os negros e os amarelos, é verdade, não sabem ainda com exatidão quem é Lênin nem onde fica a Rússia. Tudo fizeram para os impedir de saber. No entanto, foi passando de boca em boca que numa longínqua região do mundo, existe um povo que soube derrotar seus exploradores e que agora dirige ele mesmo seus assuntos sem precisar de patrões nem de governos gerais.”

Na Rússia participou ativamente do V Congresso da Internacional Comunista e foi logo após foi enviado à China para assessorar o Kuomintang – frente política-revolucionária composta de nacionalistas e comunistas.
Na China organizou o Thanh Nien (Associação da Juventude Revolucionária do Vietnã), embrião do futuro Partido Comunista da Indochina. Durante a repressão desencadeada pelas tropas de Chiang Kai-shek contra os comunistas chineses, a direção do Thanh Nien se transferiu para Hong-Kong e Nguyen retornou a Europa.

No ano de 1929 delegados do Thanh Nien de todo o Vietnã se reuniram para discutir o futuro da organização e sua possível transformação em um partido de tipo leninista.
Mas, divergências de ordem regionais levaram a uma cisão do Congresso e ao surgimento de dois partidos comunistas. Nguyen foi destacado para mediar o conflito e tentar a unificação destas diversas organizações comunistas em um único partido. Em fevereiro de 1930 realizou-se, sob sua coordenação, uma reunião na qual se decidiu pela unificação e criação de um Partido Comunista da Indochina unitário.

O avanço da esquerda na França, que culminou com a vitória da Frente Popular, trouxe novas esperanças para luta revolucionária no sudeste asiático. O governo francês decretou anistia e a legalizou do PC da Indonésia. Reascendeu-se, assim, o movimento de massas pela independência no qual os comunistas eram a vanguarda.
Mas, o período democrático durou pouco, pois com a queda do governo da Frente Popular, em 1939, uma violenta repressão desceu sobre o povo do Vietnã e o Partido Comunista foi colocado novamente na legalidade.

A China foi ocupada pelo Império japonês, aliado da Alemanha e Itália fascistas. Ho foi enviado para lá para novamente assessorar as tropas nacionalistas chinesas. Em 1940, quando seu próprio país foi ocupado, retornou para comandar a resistência armada e criou a Liga pela Independência do Vietnã, o Viet Minh - uma ampla frente antiimperialista.
No ano seguinte, quando retornou a China para estabelecer uma estratégia comum de luta contra a intervenção do Japão na região, acabou sendo preso pelas tropas de Chiang Kai-shek e passou quinze meses na prisão, os piores anos da sua vida.
Para não morrer escreveria poemas, que mais tarde seriam organizados sob o título Poemas do cárcere.
Escreveu ele: “Se não houvesse o luto, a morte, o frio do inverno, / quem reconheceria o sol da primavera? / O acaso conduziu-me aos fornos da desgraça/ para fazer-me forte e de consciência rija”.
Naqueles anos muitos acreditaram que ele estivesse morto, mas eis que reapareceu à frente do Viet Nihn. Nguyen – Seu nome agora era Ho Chi Mihn, que significava: “aquele que ilumina”.

Em 1945 a situação militar mais favorável permitiu a unificação dos diversos agrupamentos guerrilheiros num Exército de Libertação Nacional. No dia 23 de agosto os revolucionários tomaram Saigon e dois dias depois todo o país estava nas mãos do povo em armas.
A revolução triunfara e Ho Chi Minh foi proclamado presidente. Na prisão havia escrito: “Aqueles que saem da prisão podem reconstruir um país ... / O verdadeiro dragão voará para fora”.

O imperialismo não permitiria que o Vietnã escapasse facilmente de suas mãos. Por isso fez de tudo para recuperá-lo. Em novembro de 1946 o exército francês assassinou cerca de seis mil vietnamita e reiniciou a guerra pela independência. Mas naqueles anos os ventos ainda sopravam a favor da revolução asiática.
No final de 1949 a revolução antiimperialista na China saiu vitoriosa e os países sob hegemonia socialistas, encabeçados pela URSS, passaram a reconhecer oficialmente o governo de Ho Chi Minh. Estes fatos dão grande impulso à luta de libertação do povo do Vietnã e em 1954 já havia sido retomado mais da metade do país.
Neste mesmo ano ocorreu a maior batalha da guerra de independência em Dien Bien Phu na qual as tropas francesas foram definitivamente derrotadas. A revolução, novamente, vencia seus inimigos.
Afirmou Ho Chi Minh: “Para resistir aos aviões canhões de inimigos, tínhamos somente lanças de bambus. Mas nosso Partido era um Partido marxista-leninista, não enxergávamos apenas o presente, mas também o futuro e depositávamos confiança nas forças do nosso povo”.

Uma conferência, realizada em Genebra, aprovou um acordo de paz que estabeleceu a divisão do Vietnã e marcou eleições gerais, visando a unificação do país. Embora o presidente Ho soubesse que a resolução não era boa para o Vietnã ela, pelo menos, permitia uma trégua que seria benéfica para as forças revolucionárias e a reconstrução do Vietnã do Norte, destruído pelos longos anos de guerra.

O presidente Ho era um homem simples, sempre trajava seu velho uniforme caqui, sem divisas, e sandálias de camponês. Seu corpo, talhado nas grutas e florestas do seu Vietnã, não se adaptava facilmente ao palácio presidencial e preferia passar seus dias numa cabana de jardineiro.
Todos queriam conhecer o presidente camponês e ele passava horas conversando com delegações de trabalhadores e, pacientemente, lhes explicava os objetivos da revolução.
A tão esperada eleição para a unificação do país não se realizou e logo se reiniciaram as provocações nas fronteiras do Vietnã do Norte.
Em 1960 nacionalistas e comunistas do sul fundaram a Frente de Libertação Nacional, seus membros passariam a ser chamado pejorativamente de Viet Kongs. Cresceu o movimento democrático e nacional pela unificação do país, a situação do Vietnã do Sul se tornou insustentável e os EUA tiveram que aumentar seu envolvimento militar.
Assim teve início um dos conflitos mais sangrentos da segunda metade do século XX e ao mesmo tempo uma das páginas mais belas da história da resistência dos povos por sua libertação.

Em 1968 o movimento contra a intervenção norte-americana do Vietnã atingiu seu auge. Nas manifestações que a juventude rebelada realizou nas ruas da França, Alemanha e Brasil podiam ser vistas fotos do velho líder revolucionário vietnamita.
A partir de então o governo norte-americano, isolado politicamente, começou a realizar uma lenta e gradual retirada de tropas do Vietnã.
No dia 3 de setembro de 1969, em plena ofensiva revolucionária, morreu o presidente Ho Chi Minh. A dor causada pela morte do velho líder derrubou as fronteiras impostas pelo imperialismo e, naqueles dias de luta, o Vietnã passou a ser um só povo, um só país.
Antes de morrer Ho havia escrito: “Após a minha morte é preciso evitar a organização de grandes funerais para não desperdiçar o dinheiro e nem o tempo do povo”. Mas, desta vez, o povo não atendeu seu pedido e lhe prestou uma grande homenagem.
Em Hanói centenas de milhares de pessoas acompanharam seu funeral. E o poema que um dia dedicara a Lênin poderia muito bem lhe servir de epitáfio:
“Agora ele converteu na brilhante estrela que nos ilumina o caminho da revolução socialista”.

No dia 30 de abril de 1975 as tropas da Frente Nacional de Libertação irromperam vitoriosas em Saigon. No dia seguinte, 1º de maio, milhões de pessoas saíram às ruas do Vietnã para comemorar o dia internacional do trabalho e a libertação definitiva do país.
No alto dos edifícios, sobre as selvas e grutas passou a tremular a bandeira vermelha com uma estrela dourada de cinco pontas, a bandeira da revolução, a bandeira de Ho Chi Minh.

Numa prisão chinesa havia escrito:
“Uma noite sem dormir. Duas noites. Três noites/ Impossível dormir! Agito-me, angustiado. / Quarta noite, quinta noite. Será sonho? Vigília? / Cinco pontas de uma estrela enrolam meus pensamentos”
.
Naqueles dias da libertação os sonhos do velho líder se transformaram em História."

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