Informe analisa tráfico de pessoas com fins de exploração

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ARGENTINA - Adital
- Descrever e revelar uma das piores formas de submissão, maltrato e violação dos direitos humanos que sofrem as mulheres na atualidade: o tráfico para fins de exploração.
Esse é o objetivo do informe "Tráfico, trato e corrupção na Argentina", elaborado pelas deputadas da Coalizão Cívica, Elisa Carrió e Fernanda Gil Lozano. A pesquisa coloca em evidência os alcances e o impacto social do delito de tráfico de pessoas com fins de exploração na Argentina.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o tráfico ilegal de pessoas, não necessariamente para exploração, representa um mercado anual de 32 milhões de dólares, sendo, portanto, a terceira atividade criminosa mais lucrativa, ficando atrás do tráfico de armas e de drogas.
Nesse contexto, o tráfico com fins exploratórios gera aproximadamente 80% desse lucro.
As autoras fazem questão de diferenciar o tráfico em si com o tráfico para exploração, chamado de "trata" em espanhol. De acordo com as deputadas, tráfico de pessoas está relacionado à problemática das migrações e pode ser definido como a facilitação da entrada ilegal de uma pessoa em um Estado do qual tal pessoa não é nacional ou residente permanente, com o fim de obter, direta ou indiretamente, um benefício financeiro ou outro benefício de ordem material.
A relação do traficante com o migrante termina no momento em que este último passa a fronteira.
Já o tráfico de pessoas com fins exploratórios, a "trata", é a captação, o transporte, o traslado, a acolhida ou a recepção de uma ou mais pessoas dentro do território nacional e/ou desde ou em direção ao exterior, com fins de exploração econômica ou qualquer tipo de benefício para si ou para terceiros.
O informe cita exemplos desse tipo de tráfico: quando se reduz ou se mantém uma pessoa em condição de escravidão ou servidão ou a submete a práticas análogas; quando se pratica o tráfico de pessoas para pornografia e/ou turismo sexual; matrimônio servil.
Em toda a América Latina e o Caribe, mais de cinco milhões de mulheres e meninas são vítimas de tráfico com fins exploratórios, segundo um relatório realizado pela Coalizão contra o Tráfico de Mulheres e Crianças em 2007.
Nos últimos cinco anos, esse tipo de delito tem crescido de maneira sustentável na Argentina. O informe destaca que a Argentina é um país de origem, trânsito e destino de homens, mulheres e crianças vítimas de tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, comercial e trabalho forçado.
A maior parte se destina à prostituição.
Como país de origem, as mulheres e as meninas argentinas são levadas a países limítrofes, ao México e à Europa, sobretudo a Espanha, com fins de exploração sexual. Como país de destino, as mulheres e crianças estrangeiras são provenientes do Paraguai, Brasil e República Dominicana e são exploradas sexual e comercialmente.
As deputadas ressaltam ainda a grande quantidade de cidadãos bolivianos, peruanos e paraguaios que ingressam no país para realizar trabalhos forçados em oficinas clandestinas, na agricultura e no serviço doméstico.
Existe ainda a possibilidade de que imigrantes chineses estejam ingressando no país para trabalhar em supermercados de propriedade de cidadãos chineses. Além disso, a Argentina também é utilizada como trânsito para mulheres e crianças estrangeiras em direção ao Chile, Brasil, México, Espanha e Europa Ocidental com fins de exploração sexual comercial.
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ARGENTINA - Adital
Describir y revelar una de las peores formas de sumisión, maltrato y violación de los derechos humanos que sufren las mujeres en la actualidad: el tráfico para fines de explotación.
Éste es el objetivo del informe "Tráfico, trato y corrupción en Argentina", elaborado por las diputadas de la Coalición Cívica, Elisa Carrió y Fernanda Gil Lozano. La investigación pone en evidencia los alcances y el impacto social del delito de tráfico de personas con fines de explotación en Argentina.
Según la Organización de las Naciones Unidas (ONU), el tráfico ilegal de personas, no necesariamente para explotación, representa un mercado anual de 32 millones de dólares, siendo por lo tanto, la tercera actividad delictiva más lucrativa, después del tráfico de armas y de drogas.
En este contexto, el tráfico con fines de explotación genera aproximadamente el 80% de ese lucro.
Las autoras insisten en diferenciar el tráfico en sí con el tráfico para explotación, llamado "trata". De acuerdo con las diputadas, el tráfico de personas está relacionado con la problemática de las migraciones y puede ser definido como la facilitación de la entrada ilegal de una persona a un Estado del cual tal persona no es nativa o residente permanente, con el fin de obtener, directa o indirectamente, un beneficio financiero u otro beneficio de orden material.
La relación del traficante con el migrante termina en el momento en que éste último pasa la frontera.
Por su parte el tráfico de personas con fines de explotación, la "trata", es la captación, el transporte, el traslado, la acogida o la recepción de una o más personas dentro del territorio nacional y/o desde o en dirección al exterior, con fines de explotación económica o cualquier tipo de beneficio para sí o para terceros.
El informe cita ejemplos de este tipo de tráfico: cuando se reduce o se mantiene a una persona en condición de esclavitud o servidumbre o se la somete a prácticas análogas; cuando se practica el tráfico de personas para pornografía y/o turismo sexual; matrimonio servil.
En toda América Latina y el Caribe, más de cinco millones de mujeres y niñas son víctimas de tráfico con fines de explotación, según un informe realizado por la Coalición contra el Tráfico de Mujeres y Niños en 2007. En los últimos cinco años, este tipo de delito ha crecido de manera sostenida en Argentina. El informe destaca que Argentina es un país de origen, tránsito y destino de hombres, mujeres y niños víctimas de tráfico de personas con fines de explotación sexual, comercial y trabajo forzado. La mayoría se destina a la prostituición.
Como país de origen, las mujeres y las niñas argentinas son llevadas a países limítrofes, a México y a Europa, sobre todo a España, con fines de explotación sexual. Como país de destino, las mujeres y niños extranjeros provienen de Paraguay, Brasil y República Dominicana y son explotadas sexual y comercialmente.
Las diputadas resaltan además la gran cantidad de ciudadanos bolivianos, peruanos y paraguayos que ingresan en el país para realizar trabajos forzados en talleres clandestinos, en la agricultura y en el servicio doméstico.
Existe además la posibilidad de que inmigrantes chinos estén ingresando en el país para trabajar en supermercados de propiedad de ciudadanos chinos. Además, Argentina también es utilizada como tránsito de mujeres y niñas extranjeras en dirección a Chile, Brasil, México, España y Europa Occidental con fines de explotación sexual comercial.
Traducción: Daniel Barrantes - barrantes.daniel@gmail.com